O TELEFONEMA _ Dim Dom! – o som da campainha anunciava que não havia mais volta. Meu coração acelerou. Concentrei-me para não transparecer o nervosismo, parado na soleira da porta. Ela se abre e por trás surge uma bonita senhora de meia idade. _ Bom dia, você deve ser o Arthur, certo? _ Sim senhora... _ Elisa. _ Senhora Elisa. _ Por favor, chame-me apenas de Elisa. Entre, Arthur, a Luisa falou tão bem de você. Parece um ótimo rapaz. Fico feliz por terem se tornado amigos, ela andava com algumas más companhias, sabe. Certamente você será uma boa influência, pois está mal com algumas notas na escola. Repentinamente, a voz calma e serena daquela bela senhora, mãe da Luisa, fez meu corpo acalmar-se e meus dentes pararem de ranger... Inconscientemente, senti-me grato pela calma que transmitiu, pois, afinal, eu estava simplesmente a alguns passos de me encontrar com a Luisa, em sua própria casa. _ Obrigado, Elisa. Agora entendo, além de educada, sei de quem Luisa puxou a beleza. _